BNDES destina R$ 12 bilhões para auxiliar produtores rurais afetados por perdas de safra

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a abertura do protocolo para recebimento de solicitações de crédito no âmbito do Programa BNDES para Liquidação de Dívidas Rurais. O orçamento total do programa é de R$ 12 bilhões, e o objetivo é oferecer suporte à recuperação econômica de produtores agropecuários que sofreram perdas significativas em suas safras.

Regras do financiamento e elegibilidade
O novo programa é destinado a produtores rurais, condomínios rurais, associações e cooperativas agrícolas. Para serem elegíveis, eles devem estar localizados em municípios que, entre 2020 e 2024, tiveram decretos de situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal, em decorrência de eventos climáticos adversos.

As operações de crédito serão processadas através da rede de instituições financeiras que são parceiras e credenciadas junto ao BNDES. O financiamento terá um prazo total de até nove anos, incluindo um ano de carência para o início dos pagamentos.

Prioridade para pequenos e médios produtores
Uma parte significativa dos recursos será reservada para produtores de menor porte. Quarenta por cento (40%) do orçamento total está destinado a beneficiários do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf). Esses segmentos foram classificados como os mais vulneráveis aos impactos das perdas de safra.

Maria Fernanda Coelho, diretora de Crédito Digital e Gestão do Fundo Rio Doce, ressaltou a importância da ação para o setor.

“O BNDES é o principal agente do governo federal para a execução de políticas públicas de crédito de longo prazo no país”, afirmou. Ela comparou o programa à assistência oferecida a empresas afetadas por eventos climáticos extremos, garantindo que a nova medida visa proporcionar “alívio econômico” e “garantir a continuidade da atividade produtiva no campo”. A diretora destacou que o apoio é crucial, em especial, para os agricultores familiares e médios produtores, que desempenham um “papel central na segurança alimentar e no desenvolvimento regional”. Com informações da Agência Brasil