Alckmin: “Boa química” entre Lula e Trump pode resolver tarifaço contra o Brasil
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, expressou otimismo sobre a resolução do tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo ele, a “boa química” entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que tiveram um breve encontro na 80ª Assembleia Geral da ONU, pode ser a chave para o diálogo.
Em um evento no BNDES, no Rio de Janeiro, Alckmin afirmou que o tarifaço, que aplica taxas de até 50% em produtos brasileiros, é injusto e não se justifica. O vice-presidente insistiu que a negociação é o caminho e destacou que, historicamente, as tarifas de importação dos EUA para o Brasil são baixas, com oito dos dez produtos mais exportados pelos americanos para o Brasil tendo tarifa zero.
Protecionismo e dados que desmentem a acusação
Donald Trump tem usado a alegação de protecionismo para justificar as tarifas, afirmando que os Estados Unidos têm um déficit comercial com o Brasil – uma acusação que é desmentida pelos números oficiais de ambos os países. Trump também usou como justificativa a situação política do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem considera um perseguido político.
Apesar da tensão, o governo brasileiro mantém a posição de buscar o diálogo. Questionado se o Brasil poderia reduzir a tarifa sobre o etanol americano, Alckmin respondeu que há sempre espaço para o diálogo sobre questões tarifárias e oportunidades de investimento, reforçando a amizade de 201 anos entre as duas nações.
Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. O tarifaço afeta cerca de 35,9% das exportações brasileiras para o país, e as vendas de produtos taxados caíram 22,4% em agosto de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Com informações da Agência Brasil


