Correios anunciam plano de reestruturação com PDV e busca de crédito de R$ 20 bilhões
A direção dos Correios apresentou, ontem (15), a primeira fase de um robusto plano de reestruturação operacional e financeira com o objetivo de garantir a sustentabilidade e a modernização da estatal. As medidas foram elaboradas após uma análise minuciosa do balanço financeiro da empresa, conduzida pela gestão do presidente Emmanoel Rondon.
Três eixos para a recuperação: corte, receita e liquidez
O plano inicial se baseia em três grupos de ações estratégicas para retomar a competitividade dos Correios no mercado:
Corte de despesas: Redução de custos operacionais e administrativos.
Diversificação de receitas: Esforços para gerar caixa e aumentar o faturamento.
Recuperação da liquidez: Retomada da saúde financeira para estabilizar relações com clientes, fornecedores e empregados.
Desinvestimento e demissão voluntária
Para cortar despesas, a estatal implementará medidas competitivas em um mercado cada vez mais acirrado. O primeiro bloco de ações inclui:
Novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV): Com foco em setores e territórios com desempenho insatisfatório, o programa busca diminuir a pressão da folha de pagamento.
Venda de ativos ociosos: O plano prevê o desinvestimento imediato em imóveis que hoje não têm uso ótimo, o que gerará capital e reduzirá os gastos com manutenção desses espaços.
Renegociação de contratos: Busca por condições mais vantajosas com os maiores fornecedores, visando aprimorar contratos vigentes sem comprometer a segurança jurídica.
Busca de R$ 20 bilhões e nova agenda de reequilíbrio
No eixo da geração de receitas, os Correios estão se reaproximando de grandes clientes e estudando a implementação de atividades internacionais, como serviços financeiros, que podem ser acopladas à sua vasta rede logística.
Para garantir o sucesso das fases posteriores do plano, a empresa buscará uma operação de crédito de R$ 20 bilhões no mercado. Essa captação, que deve ocorrer por meio de um consórcio de bancos, visa cobrir a necessidade de caixa para 2025 e 2026, período em que as demais medidas começarão a surtir efeito.
O presidente Emmanoel Rondon garantiu que a operação é sustentável: “Estamos optando por uma operação que os Correios conseguem suportar, à luz dos resultados que esse pacote de reestruturação vai começar a produzir, com técnica e responsabilidade. O setor postal enfrenta desafios no mundo inteiro, mas o caminho é o mesmo em todos os países que conseguiram reagir: gestão e eficiência”.
O executivo destacou que as sinalizações do mercado indicam que o plano de reestruturação garante que a captação ocorrerá dentro dos interesses da empresa, assegurando que o propósito de servir ao Brasil com excelência seja mantido. Com informações da Assessoria de Imprensa dos Correios – Superintendência de Minas Gerais

