Operação da PF fecha mais de mil empresas de segurança
A Polícia Federal (PF) encerrou as atividades de pelo menos 1.176 empresas clandestinas de segurança privada entre 2017 e 2024. As ações, conduzidas no âmbito da Operação Segurança Legal, resultaram também na prisão de 26 pessoas em flagrante e na apreensão de 46 armas.
Os dados, obtidos pela Agência Brasil, revelam que a PF fiscalizou 3.358 empresas no período. Desse total, cerca de 35% operavam de forma ilegal. A fiscalização, que acontece em nível nacional desde 2017, foi intensificada em 2019 com duas edições da operação, mas foi suspensa em 2020 devido à pandemia de Covid-19.
Risco para a sociedade e nova legislação
De acordo com a PF, a contratação de serviços de segurança não autorizados representa um risco tanto para as pessoas quanto para o patrimônio. Isso ocorre porque as empresas ilegais geralmente não cumprem os requisitos mínimos de regulamentação, e seus funcionários não passam por checagem de antecedentes criminais, nem por avaliações física e psicológica.
Para o vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), Ivan Hermano Filho, os números refletem a realidade do setor. Ele destaca que o mercado é dividido entre empresas legais e um “universo muito grande de empresas clandestinas”.
O advogado explicou que essas firmas clandestinas variam desde estruturas bem equipadas até indivíduos que fazem “bicos” em comércios, usando camisetas com inscrições como “Controlador de Risco” ou “Prevenção de Perdas”.
Hermano Filho ressaltou a importância do Estatuto da Segurança Privada, sancionado em setembro do ano passado, que atribuiu à PF a competência para fiscalizar todas as atividades de segurança privada, incluindo as que antes se disfarçavam com outros nomes. A nova lei fortalece o embasamento legal para a PF agir e prevê multas para quem contrata esses serviços irregulares. Além disso, a legislação tipifica como crime a atuação clandestina armada, inclusive para policiais que usam suas armas funcionais em trabalhos de segurança privada. Com informações da Agência Brasil
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