Aumenta o número de adolescentes com colesterol alto

O alto índice de colesterol ruim (gordura no sangue) é considerado um dos fatores determinantes para o surgimento de doenças cardiovasculares. Dados do Ministério da Saúde apontam que 4 em cada 10 brasileiros apresentam esse problema, sendo que 20% dos adolescentes, de 12 a 17 anos, também têm os níveis elevados. O Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), organização que atua na conscientização para a prevenção, importância do diagnóstico precoce e adesão ao tratamento das doenças cardiovasculares e oncológicas, com destacada atuação na discussão de políticas públicas para a saúde, alerta que esse é um cenário preocupante, pois o colesterol ruim é um fator de risco para que as doenças cardiovasculares sejam a maior causa de mortalidade no Brasil.

Cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e mais de 300 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país. No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, em 8 de agosto, o Instituto LAL reforça a importância dos cuidados com a saúde, especialmente, no que diz respeito à prevenção de patologias cardíacas. De acordo com uma pesquisa* realizada pelo LAL em 2021, 1/3 das pessoas ouvidas não sabe que doenças cardiovasculares são a principal causa da morte de brasileiros adultos, deixando um alerta a toda a população.

É importante destacar que o colesterol também tem funções benéficas, como produção de hormônios, absorção de vitaminas, produção de vitamina D, além de ações que melhoram o funcionamento do sistema vascular. Por isso, é fundamental esclarecer à população que existem dois tipos de colesterol: o HDL (bom) e o LDL (ruim). O HDL (High Density Lipoprotein ou lipoproteína de alta densidade) tem um fator protetor e ajuda a remover o excesso do colesterol “ruim” do sangue, reduzindo o risco de formação de placas de gordura. Já o LDL (Low Density Lipoprotein ou lipoproteína de baixa intensidade) contribui diretamente para a formação de placas de gordura, indicando maior risco de infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e entupimento das artérias das pernas.

A médica cardiologista Marina Bond, membro do Comitê Científico do Instituto LAL, afirma que a grande incidência de colesterol elevado em adolescentes se deve, principalmente, à alimentação inadequada e sedentarismo. “Os principais fatores que têm provocado índices elevados de colesterol em jovens são o alto consumo de alimentos industrializados, com grandes níveis de açúcares e gorduras, e a falta de atividades físicas, que foram substituídas por jogos eletrônicos, nos últimos anos. Isso leva à obesidade ou sobrepeso, um dos aspectos que precisa ser observado por pais e responsáveis. Durante a pandemia, esse problema se agravou ainda mais, com o isolamento social, a interrupção das aulas presenciais e o maior tempo dentro de casa.”

A obesidade ou sobrepeso é um fator de risco para o aumento do colesterol em adolescentes, mas pessoas magras também podem apresentar o problema, devido a causas genéticas. “É importante estar atento ao histórico familiar. Para quem tem pais e irmãos com colesterol alto, as chances de ter a doença são maiores e isso intensifica o risco de infarto ou AVC. A recomendação é que todos façam o controle permanente do colesterol, pois muitas pessoas que têm índices elevados não apresentam sinais ou sintomas”, ressalta Marina.

A cardiologista do Comitê do LAL ainda afirma que o colesterol alto pode ser evitado com a adoção de hábitos saudáveis. “Os cuidados com a saúde começam por uma boa alimentação, rica em frutas, legumes, verduras e carne branca, além do consumo de frutas oleaginosas, como castanhas e nozes. Outro ponto fundamental é a prática de exercícios físicos, pelo menos, três vezes por semana, durante uma hora. A saúde emocional também precisa ser considerada, pois afeta diretamente o funcionamento do organismo. Isso inclui controlar o estresse, por meio de atividades que proporcionem momentos de prazer e relaxamento. E, por fim, evitar alimentos industrializados, com altos níveis de gorduras saturadas, entre eles, comidas congeladas, fast food no geral e salgadinhos.” Com informações da assessoria de imprensa do Instituto Lado a Lado pela Vida.

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